O Desafio do Vestibular Para os Adolescentes

Esqueça as comparações e conheça a si mesmo: seguindo esse simples conselho, é possível melhorar sua autoimagem e, consequentemente, acumular vitórias na vida acadêmica sem ter ao menos uma ideia da carreira que deseja seguir, o adolescente se vê diante do desafio do vestibular.

Alguns de seus colegas conseguiram ser aprovados logo na primeira tentativa, mas ele não se julga capaz disso. Matricula-se, portanto, em um cursinho preparatório. O pai, médico, torcendo para que o primogênito siga seus passos, comenta que o fi lho de um amigo foi aprovado em uma grande universidade pública.

Tentando incentivar, a mãe diz que pode até ser uma faculdade privada, o que importa é passar. O adolescente não diz nada, mas sente seu estômago doer ao pensar que, se não fosse pelas aulas particulares, nem mesmo teria conseguido se formar no Ensino Médio. Situações com a descrita no parágrafo acima, infelizmente, retratam a realidade de inúmeros jovens.

vestibular

 A comparação

A comparação de resultados é algo constante em nossas vidas e, até certo ponto, pode ser considerada um hábito saudável. “Na busca do sucesso pessoal e da satisfação, é comum escolher um amigo, um atleta ou um empresário bem-sucedido como referência.

Mas é bom ressaltar que o excesso de foco em outra pessoa acaba tirando o foco de nós mesmos.

Além disso, o caminho que cada um vai percorrer para alcançar o que deseja será totalmente diferente, porque nós somos únicos me cada um de nós aprendemos e associamos de maneiras distintas, a referência é maravilhosa, mas, sem exageros.

Parece óbvio, mas é difícil fugir das tais comparações, que, muitas vezes, levam as pessoas a se sentirem em desvantagem. Isso pode decorrer tanto da mera consciência de se estar, de fato, menos preparado, como de um problema um pouco mais grave.

Sentir-se constantemente em uma situação inferior à dos outros pode ser fruto de distorções relacionadas ao autoconceito. “Trata-se de um conjunto de sentimentos, ideias e opiniões que a pessoa tem de si.

Está totalmente baseado em seus valores e crenças individuais e é construído ao longo da história de vida pessoal, escolar e familiar, fruto das comunicações, interlocuções, interações sociais e experiências.

Coach Salua Ghonaim

Espelho distorcido

O autoconceito reflete diretamente na conduta de uma pessoa diante da vida, incluindo o estudo e o trabalho, o que significa que distorções na idéia que a pessoa faz de si mesma podem comprometer seu desempenho em uma prova ou em uma entrevista de emprego, por exemplo. “Há diversos casos de jovens que dizem que não gostam de estudar ou que não se sentem capazes, mas que, simplesmente, não estão sendo colocados diante de algo de seu interesse ou não estão recebendo o estímulo correto.

Já vi muitos professores de Ensino Médio que, em vez de estimularem seus alunos, destacando o que eles podem conseguir, apontam apenas o que eles têm a perder

Não é difícil imaginar que a infância e a adolescência desempenham papel importante na formação do autoconceito. “Um comportamento inseguro geralmente está associado a um autoconceito negativo que a pessoa tem sobre suas habilidades e competências.

Pode ter origem, por exemplo, em rótulos recebidos na infância, que foram internalizados pela pessoa.

A adolescência já é uma fase complicada, pois o jovem está preocupado com sua imagem e suas relações sociais. Some-se a isso o fato de que, muitas vezes, os pais projetam suas expectativas em seus filhos ou, então, os matriculam em escolas disciplinadoras, para tentar resolver os problemas com os quais não conseguem lidar dentro de casa. Além disso, há nosso sistema

Solução possível

Apesar de, geralmente, terem sua origem ligada aos anos de formação, as distorções no autoconceito podem ser solucionadas mesmo quando a pessoa já se encontra na fase adulta.

Na verdade, acaba sendo mais difícil trabalhar essas questões com crianças e adolescentes, pois o processo envolve os pais, professores.

Adultos dependem apenas de si mesmos e, em muitos casos, o tratamento é bastante rápido, uma vez que é basicamente uma questão comportamental. Em primeiro lugar, é preciso que a pessoa busque a mudança, porque nenhum terapeuta, professor ou coach poderá ajudá-la se ela não quiser. Em seguida, é necessário iniciar um processo de autoconhecimento e de ressignificação de sua estória de vida, rótulos e frustrações, entre outros.

Metodologias

Nesse sentido, a PNL associado ao Coaching ajuda a pessoa a desenvolver estratégias mentais e elaborar um plano de ação para guiá-lo até onde ele quer chegar. Por ser uma ciência que estuda o reflexo de nossas experiências em nosso comportamento, ela nos habilita a organizar o pensamento, a administrar as emoções e a agir com objetividade e assertividade.

Ela nos ensina a mudar formas de pensamento negativas e a desconstruir crenças que limitam a nossa vida e nos impedem de dar passos na direção de nossos desejos.

Há casos de jovens que dizem que não se sentem capazes, mas que apenas não estão recebendo o estímulo correto de ensino, que valoriza apenas o resultado final, e não o processo, o esforço – daí vem toda a cultura da ‘cola’ e das pessoas que pagam para que outros façam suas monografias ou trabalhos de conclusão de curso.

 

 

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